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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Os novos Intel Core 2 Duo

Os novos processadores da Intel mal chegaram ao mercado e provocaram uma incrível redução de preços nos modelos já existentes, tanto nos da própria empresa quanto nos da concorrente AMD. Em alguns casos, o abatimento foi superior a 60% e futuras reduções estão por vir. Diante desse novo cenário, quais são as melhores opções de investimentos?

LANÇAMENTO
Foi cercado de expectativa que a nova família de processadores Core 2 Duo da Intel chegou ao mercado em julho deste ano. Dos 10 modelos anunciados, 5 se destinam aos equipamentos portáteis e os demais para os desktops. Esses últimos traziam consigo o desafio de cumprirem a promessa da Intel feita há vários meses: serem até 40% mais rápidos e apresentarem uma eficiência energética (performance/watt) 40% superior em relação à família Pentium D.
Do lado dos notebooks, todos esses modelos possuem a mesma pinagem e são eletricamente compatíveis com a geração anterior. Isso significa que você deverá ser capaz de fazer um upgrade de processador no seu notebook a fim de ganhar o suporte às instruções EM64T dos Core 2 Duo e, conseqüentemente, a possibilidade de executar softwares 64 bits. Só dependerá do fabricante liberar a atualização do BIOS.
Já entre os desktops, apesar dos novos chips usarem o mesmo soquete LGA775 e serem suportados pelos atuais chipsets, a limitação do upgrade está condicionada ao circuito regulador de tensão instalado na placa-mãe.
Se ele suportar a especificação VRD11.0, que foi criada especificamente para atender aos novos requerimentos relacionados ao controle de alimentação elétrica, então os Core 2 Duo poderão ser instalados (figura 2). Como no caso dos notebooks, você não precisará ser ?expert? em eletrônica para saber se sua placa implementa esse novo circuito, basta checar o site do fabricante da placa-mãe quanto à liberação de novas versões de BIOS.
Valendo-se do processo de manufatura de 65 nanômetros (nm) e com wafers de 300mm, os 291 milhões de transistores desses novos chips estão sendo integrados em apenas 143 mm2, área esta que é 11% inferior, aproximadamente, do que a usada pelos Pentium D da série 900, que trazem 376 milhões de transistores em 162 mm2. Esses dados possuem relação direta com o custo de produção, que é onde podemos ter uma idéia melhor da vantagem que a Intel possui atualmente em relação à AMD, que ainda usa o processo de 90 nm e precisa de 183 mm2 para integrar os 154 milhões de transistores de seus Athlon 64 X2 com 512 KB de cache L2, por exemplo. Nem por isso a AMD deixou de ser agressiva nos recentes cortes de preços de seus produtos, a fim de fazer frente aos anunciados pela Intel. Por exemplo, um Athlon 64 3800+, que até pouco tempo não podia ser encontrado por menos de R$ 1 mil aqui no Brasil, ficou muito acessível.




RECURSOS PARA DESKTOP
O primeiro aspecto para ressaltar é a diferença entre o Extreme e os demais. Além da freqüência interna superior, o Extreme é fornecido com o multiplicador de clock destravado, sendo, portanto, uma clara iniciativa de direcioná-lo para o mercado de entusiastas que querem maior flexibilidade para fazer overclock. É possível, por exemplo, manter a freqüência do FSB fixa em 1066 MHz e ir do valor padrão do multiplicador, 11, para 12 e com isso obter 3192 MHz, 13 para ir a 3458 MHz, e assim por diante. É bom lembrar que esses cálculos devem ser feitos com a freqüência base de 266 MHz do FSB em mente (o valor 1066 MHz é o rendimento obtido através de uma técnica de sinalização elétrica que permite 4 transferências por ciclo de clock no barramento de dados). E isso seria feito sem qualquer preocupação adicional com as freqüências dos demais barramentos da placa-mãe, como acontece com todos os demais processadores, nos quais a elevação da freqüência interna é obtida através de maiores valores de FSB.
Excetuando-se esses aspectos, o Extreme é idêntico aos modelos E6700 e E6600. Aliás, é devido a isso e também ao potencial de overclock desses novos processadores e dos sistemas atualmente existentes (placa-mãe e chipset), que desponta como um grande negócio pegar um E6600, que tem um custo mais de 3 vezes inferior, e fazê-lo operar tal como o X6800. Basta para isso elevar seu FSB para 326 MHz.




Ademais, todos os Core 2 Duo e o Extreme trazem os mesmos recursos que são mais visíveis sob o ponto de vista da plataforma: dois núcleos completos de processamento construídos sobre a microarquitetura Core, conjunto de instruções VT para uma computação virtualizada mais eficiente e suportando máquinas virtuais de 64 bits, instruções EM64T para rodar softwares de 64 bits, tecnologia Execute Disable Bit (NX) para proteção contra execução de códigos maliciosos em algumas regiões de memória, e vários métodos para o gerenciamento térmico (SpeedStep, C1E, TM1 e TM2) do chip, com destaque para os novos sensores térmicos digitais e a interface PECI (Platform Environment Control Interface), os quais, em relação ao diodo térmico usado até então, proporcionam um controle térmico mais eficiente e, conseqüentemente, uma supervisão aprimorada da ventoinha do cooler do processador.

CONSUMO DE ENERGIA
Para quem não sabe, o Throttling é um recurso interno que vem sendo implementado com sucesso nos processadores, como forma de conter condições de sobreaquecimento.
O conceito é simples: no momento em que a temperatura interna excede um determinado valor calibrado na fábrica, e que é desconhecido do usuário, o circuito do Throttling entra em ação inserindo retardos aos ciclos de clock que estão sendo gerados por um outro circuito, conhecido como PLL. É óbvio que durante esses retardos o processador nada faz e, conseqüentemente, a aplicação tem sua performance diminuída. Essa condição permanece até que o processador tenha sua temperatura reduzida, ou então até que se atinja a temperatura de pânico e o processador seja imediatamente desligado.
Na prática, embora este desligamento automático possa ocorrer em uma situação de paralisação da ventoinha, a situação mais comum é ver o Throttling sendo ativado em condições de maior consumo de energia, quando da execução de softwares de codificação de vídeo, renderização de imagens e alguns jogos, por exemplo, que fazem uso intensivo do processador. É esse o caso dos últimos Pentium 4 e dos Pentium D, quando operando com o cooler padrão, in-a-box, em gabinetes mal ventilados, uma vez que estes processadores possuem perfil de potência (TDP - Thermal Design Power) próximo a 100 W (ou além, em alguns modelos). Voltando a atenção novamente para os novos chips, cujos TDP são bem inferiores aos antigos, e sabendo que eles trazem o TM1 e o TM2, que são os modos de operação do Throttling, procuramos avaliar seu comportamento junto ao cooler in-a-box e descobrir qual seria a temperatura de ativação do Throttling.

Hoje, a melhor plataforma é a LGA775 da Intel. É importante, antes de comprar, sempre verificar os chipsets das placas-mãe e prestar atenção no custo benefício dos processadores (vimos que podemos fazer o modelo E6600 virar um Extreme Edition através do overclock seguro a um custo 3 vezes menor) e também às revisões de BIOS lançadas pelos fabricantes. É possível hoje comprar uma placa mãe com chipset Intel 975X ou 965 (que suportam os Core 2 Duo) e comprar a princípio um Pendium D805 (mais básico) ou um Celeron D para futuramente migrar para o Core 2 Duo. Fique de olho nos preços, a tendência é que eles caiam e muito com a chegada dos processadores de quatro núcleos

Em breve, mais detalhes sobre os Quad-Core da Intel e da AMD e também algumas dicas para overclock seguro.

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